A Venezuela atravessa a mais grave crise de sua história moderna, com hiperinflação e escassez de itens da cesta básica e medicamentos
De acordo com um estudo recente, a insegurança alimentar afeta 80% dos lares na Venezuela.
O relatório foi publicado pelas três principais universidades do País: Católica Andrés Bello, Central da Venezuela e Simón Bolívar.
Ao apresentar o documento, a pesquisadora Anitza Fréitez afirmou:
“Nos últimos três anos (entre 2015 e 2018), a pobreza multidimensional cresceu dez pontos e em 2018 alcançou a metade dos lares (51%), enquanto 80% dos lares apresentam risco de insegurança alimentar, devido a que 90% da população não têm renda suficiente para comprar alimentos.”
No que diz respeito à mortalidade infantil associada à crise, o relatório destaca que em 2016 foi superior a 5.000 casos e prevê que chegue a 20.000 no período 2017-2019.
Intitulado “Estudo de Condições de Vida”, texto destaca que só metade das crianças e adolescentes escolarizados vai regularmente às aulas.
Segundo a ISTOÉ, entre as causas para o absenteísmo estão falta d’água (28%), falta de comida (22%), falta de transporte (17%), falta de eletricidade (15%) e falta de comida na escola (13%).
Ainda de acordo com o estudo, 23% dos lares venezuelanos carecem de abastecimento d’água e 25% sofrem diariamente de interrupções no serviço de energia por várias horas.
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