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"Bolsonaro não convocou o povo. Fomos nós que tomamos a iniciativa", dizem apoiadores


Manifestação é voluntária e visa demonstrar ao Congresso que Bolsonaro possui apoio dos eleitores. Foto: Adauto Ribeiro

Após uma postagem feita pela advogada e deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) neste último fim de semana, insinuando que o presidente Jair Bolsonaro teria convocado a população para uma manifestação planejada para o próximo dia 26, inúmeros apoiadores do governo se manifestaram criticando a parlamentar.

"O Presidente foi eleito para GOVERNAR nas regras democráticas, nos termos da Constituição Federal. Propositalmente, ele está confundindo discussões democráticas com toma-lá-dá-cá. O que ele quer?", questionou Janaína em suas redes sociais, criticando o que para ela seria uma maneira encontrada por Bolsonaro de evitar o debate político, usando para isso os manifestantes.

Com base nisso, a deputada associa a convocação do manifesto pró-governo marcado para o próximo dia 26 com uma ação direta do presidente que estaria, assim, gerando o "caos" e fazendo "drama".

"Há tempos, não temos um Ministério tão bom! Profissionais de ponta, nas pastas adequadas, orientados por boa teoria, bons valores, com experiência prática. E o Presidente gerando o caos? Pelo amor de Deus, parem as convocações! Essas pessoas precisam de um choque de realidade. Não tem sentido quem está com o poder convocar manifestações!", disse ela (grifo nosso).

Reação à declaração de Janaína Paschoal


A reação dos apoiadores do governo, no entanto, foi imediata, inclusive na própria página da deputada. A maioria entende que a manifestação é necessária para demonstrar a força popular diante de um momento em que o Congresso, especificamente o "centrão", tenta impedir o avanço das medidas propostas pelo presidente.

"A senhora está completamente equivocada!", escreveu uma seguidora de Janaína. "Ele está impedido de governar! Estão sabotando o seu governo. Graças a Deus a senhora não foi vice dele. A senhora tem uma dupla personalidade".

"Uma publicação infundada, pois Bolsonaro em momento algum solicitou aos seus apoiadores que fossem as ruas. O ato do dia 26, assim como toda campanha de Bolsonaro, foi espontânea e livre", escreveu outro seguidor.

Uma publicação do Opinião Crítica também apresentou forte reação dos seguidores, também no mesmo sentido. "As pessoas que estão no poder ficam cegas, mas nós que estamos vendo a dança da malandragem da arquibancada estamos vendo muito bem porque precisamos ir novamente às ruas. O presidente não consegue trabalhar", explicou a seguidora Rosângela Pereira Azevedo.

"Quem convocou foi o povo, não entendi, quer dizer que o povo agora não tem mais poder para reivindicar que a CF seja respeitada? Parece que ao ver da doutora, o povo só pode ir às ruas quando lhe convém né!", reforçou Sussumu Kishi, outra apoiadora das manifestações, acompanhada de muitos outros.

Pauta da manifestação


Nas redes sociais parece haver um consenso com relação à pauta da manifestação marcada para o dia 26. Os manifestantes vão reivindicar a aprovação da reforma da Previdência, do pacote anticrime e a permanência do COAF no Ministério da Justiça, sob o comando do juiz Sérgio Moro. Além disso, servirá também como uma espécie de recado aos políticos do chamado "centrão".

“Convocamos a população para pressionarmos os parlamentares do Centrão, que insistem em atrasar a reforma da Previdência e o pacote anticrime. Também queremos o Coaf com Moro.”, disse Ana Claudia Graf, líder do movimento “Ativistas Independentes”, ao site O Antagonista.

Finalmente, o que parece claro é que a população, especificamente os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, entenderam que o debate político aberto, no Congresso Nacional, não exclui manifestações em prol de propostas específicas. Pelo contrário, tais manifestações são uma forma de endossar o que está sendo proposto pelo governo.

Estamos diante de uma nova consciência política, onde a população está se antecipando aos problemas, querendo agir e mostrar que manifestações não servem apenas nos momentos em que tudo está perdido, mas também quando grupos de interesse tentam atrapalhar o avanço do que é bom para o país. Novos tempos, senhoras e senhores!



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