Durante um almoço que deverá contar com a presença de mais de 120 empresários norte-americanos, o presidente Jair Bolsonaro recebe nesta quinta-feira (16), em Dallas, o prêmio de personalidade do ano da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Por isso, segundo o Palácio do Planalto, a viagem está sendo vista como uma excelente oportunidade de divulgar o país no exterior. Especialistas, no entanto, avaliam que a viagem trará poucos resultados concretos.
A coordenadora do curso de Relações Internacionais da FAAP, Fernanda Magnotta, explicou que Bolsonaro ficará pouco tempo nos Estados Unidos e, na verdade, o objetivo maior nesse momento seria a busca de um maior alinhamento com lideranças conservadoras do partido republicano no Texas.
Nesta quarta (15), Bolsonaro será recebido pelo ex-presidente norte-americano George W. Bush. A comitiva que saiu ontem de Brasília é formada por seis ministros, entre eles o das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes.
Os deputados Hélio Lopes (PSL) e Marco Feliciano (PODEMOS) também integram a comitiva.
A viagem coloca lado a lado o deputado Marco Feliciano e o ministro Santos Cruz. Nos últimos dias, Feliciano utilizou as redes sociais para criticar o ministro. Já disse que o ministro quer mandar mais que o presidente, que ele teria recebido o segundo cartão amarelo, que se fosse no futebol, seria expulso.
Em uma outra postagem, o deputado afirma que o ministro levou um puxão de orelha de Bolsonaro, que foi recebido como ministro desgastado e saiu do encontro como meio ministro.
Depois de especulações dando conta de que o ministro seria demitido por ter feito comentários maldosos contra o presidente Bolsonaro, o porta-voz da Presidência, Rêgo Barros, garantiu que os dois já se entenderam.
O vice-presidente Hamilton Mourão também vai viajar. Ele embarca na quinta-feira para a China, Líbano e Itália. Nesta terça (14), ele defendeu a necessidade de se analisar a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos de forma crítica e cautelosa.
Segundo ele, não dá para dizer que isso vai ser algo definitivo, uma vez que são movimentações de negociações.
Como o presidente Bolsonaro, só chega ao Brasil na sexta-feira de manhã, o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, deverá assumir interinamente a Presidência da República por algumas horas na quinta-feira.
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