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BOLSONARO SERÁ PRESO: Perda de apoio e medo de prisão fazem Bolsonaro tentar reatar com STF


Ministro da Economia e presidente da Caixa Econômica Federal estão entrando em contato com integrantes da Suprema Corte

Há o temor de que o presidente seja preso em caso de derrota nas urnas; na imagem, Bolsonaro durante reunião com embaixadores em 18 de julho

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e seus emissários no Planalto, estão tentando se aproximar do STF (Supremo Tribunal Federal) às vésperas da disputa deste ano. São 2 os motivos para isso: o medo de o chefe do Executivo ser preso e a percepção de que o governo está perdendo apoio.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, estão entrando em contato com integrantes da Suprema Corte. Acham que o clima se deteriorou muito, apurou o Poder360.


O manifesto em defesa da democracia, que já conta com 100 mil assinaturas, foi um dos sinais de alerta. Banqueiros, empresários, 11 ex-ministros do Supremo e personalidades em geral aderiram ao movimento organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo). Os organizadores buscam o apoio de todos os magistrados que já estiveram no Supremo.


Até Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF e algoz do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Mensalão, assinou o documento nesta 4ª (27.jul.2022).


Celso de Mello, 76 anos, assumiu o protagonismo. Na 3ª (26.jul), enviou dura mensagem contra Bolsonaro ao ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Luiz Marrey. Não faltaram adjetivos: chamou o chefe do Executivo de “medíocre”, “desprezível”, e disse que o presidente tem “aversão” à democracia.


Eis os 11 ex-ministros do STF que assinaram o documento:

  • Carlos Ayres Britto;

  • Carlos Velloso;

  • Celso de Mello;

  • Cezar Peluso;

  • Ellen Gracie;

  • Eros Grau;

  • Marco Aurélio Mello;

  • Nelson Jobim;

  • Sepúlveda Pertence;

  • Sydney Sanches;

  • Joaquim Barbosa.

O ex-presidente Lula disse nesta 4ª feira (27.jul) que assistiu à leitura da 1ª versão da carta, em 1977, ainda na ditadura militar. Na ocasião, o professor Goffredo da Silva Telles Junior (1915-2009) também leu um manifesto pela democracia a partir da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo.


O petista disse apoiar a iniciativa de agora, mas que não deve assinar por ser candidato à Presidência da República.


O MANIFESTO


O manifesto recebeu o nome de “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”. Será lido em evento a ser realizado em 11 de agosto, no Pátio das Arcadas do largo de São Francisco.


O texto critica o que considera “ataques infundados e desacompanhados de provas” que questionam “o Estado Democrático de Direito” e a lisura do processo eleitoral.


“Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão”, diz o documento.


Houve 398 tentativas de ataque hacker ao site da Faculdade de Direito da USP, que hospeda o formulário de adesão ao manifesto. Por causa disso, foi necessário reforçar a segurança para que o portal seguisse no ar.


 

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