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Carros de corrida criados por estudantes atingem até 90 km/h no Torneio SESI F1 nas Escolas


Na largada, o competidor deve apertar o botão do disparador, que aciona uma agulha e fura o cilindro de CO2 concentrado para disparar o carro

Com Agência CNI de Notícias


Equipes formadas por seis estudantes disputam competição que envolve não só corrida, mas conjunto de ações como elaboração do plano de negócios, marketing e mídias sociais.


Dezessete equipes de diferentes estados participam neste fim de semana do Torneio SESI F1 nas Escolas, uma das categorias em disputa no Festival SESI de Robótica, realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) entre sexta-feira (15) e domingo (17), no Rio de Janeiro.


Responsáveis por criarem empresas que se assemelham às escuderias reais de Fórmula 1, os competidores tiveram como missão de construir carros de no mínimo 50 gramas. Depois, os veículos deveriam percorrer a pista de 20 metros no menor espaço de tempo.


Todas as equipes recebem um bloco igual para usinar os carros e precisam usar conhecimentos de design, física, química e matemática. Os protótipos são feitos de poliuretano expandido e passam por usinagem e pintura antes de serem concluídos.

Os competidores tiveram como missão de construir carros de no mínimo 50 gramas

Já a largada simula uma corrida de Fórmula 1, com cinco luzes vermelhas sendo acesas.


Quando elas apagam, o competidor deve apertar o botão do disparador, que aciona uma agulha e fura o cilindro de CO2 concentrado para disparar o carro. Os veículos atingem até 90 km/h na largada e podem percorrer os 20 metros de pista em uma média de até 70 km/h.


Engana-se quem pensa que a equipe vencedora é a que percorre o circuito no menor espaço de tempo. A classificação para a etapa mundial, que será realizada no fim de novembro, em Abu Dhabi, se baseia no resultado de um conjunto de ações incluindo a elaboração de um plano de negócios, marketing e mídias sociais.


A pontuação é dividida em diferentes critérios: a corrida vale 25% dos pontos; apresentação de engenharia, 17%; design e portfólio 18%; plano de negócios, estande, portfólio e marca, 18%; apresentação verbal, 18%; e marketing e mídias sociais 4%. As equipes também precisam realizar ações sociais, cujos resultados são critério para desempate nas notas.



– “Queremos mostrar para os competidores que a corrida é muito mais que o carrinho. Já aconteceu de equipes serem brilhantes no carro e perderem o campeonato, porque o estande estava mal feito e o portfólio era ruim”, explica o coordenador da F1 nas Escolas, Waldemar Battaglia, representante oficial no Brasil do projeto F1 in Schools.


Esta é a quarta vez que a competição é realizada no país, mas a primeira promovida pelo SESI. “A cereja do bolo é o carrinho, é a corrida. Mas conta muito o amadurecimento do estudante de criar e administrar uma empresa. É um encontro desses jovens com a realidade”, diz.


De acordo com Battaglia, o objetivo do projeto é expor os alunos ao maior número possível de tecnologias que são usadas para a indústria. Tanto que recebem uma licença grátis de um software chamado Fusion 360 para o design do carro e o teste do túnel de vento. “Fornecemos a ferramenta, mas não fazemos o trabalho dos estudantes.


Como na Fórmula 1, existem regras bem restritas para a montagem do carro, com aerofólios feitos em impressora 3D, mas cada equipe tem um veículo diferente”, explica o coordenador do torneio F1 nas Escolas.

Augusto Ribeiro avalia que a experiência adquirida com o projeto F1 nas Escolas será um diferencial para o seu futuro profissional.


AUTOMOBILISMO – Integrante da equipe Eagles, de Goiás, Augusto Ribeiro, 13 anos, é o responsável pela engenharia do carro na escuderia goiana. Apaixonado por automobilismo desde pequeno, ele descreve como foi o trabalho de criação do veículo. “Comecei estudando aerodinâmica e alguns exemplos reais de carros de Fórmula 1 para preparar asas e chassi. Fiz inicialmente um carro mais cru, depois fui aperfeiçoando e trabalhando na pintura”, destaca o estudante da Escola SESI Campinas, da capital goiana.


Augusto Ribeiro avalia que a experiência adquirida com o projeto F1 nas Escolas será um diferencial para o seu futuro profissional. “A participação no torneio pode me proporcionar uma vaga de emprego em áreas ligadas ao automobilismo, já que tive contato com partes estratégicas de engenharia, impressão em 3D e até marketing”, afirma. “Estou tendo um crescimento tanto pessoal quanto profissional, principalmente porque pretendo fazer faculdade de Engenharia Mecatrônica para seguir carreira em alguma área ligada ao automobilismo”, completa.

Equipe Tu-caré, do Mato Grosso: o carro decorado em laranja e verde simboliza dois símbolos do Pantanal: o tucano e o jacaré


Isabela Gaudielei, 15 anos, competidora da equipe Tu-caré, de Mato Grosso, conta que, além da preocupação com a aerodinâmica, a escuderia levou para o carro dois dos principais símbolos do Pantanal.


O carro decorado em laranja e verde simula um bico de um tucano e o corpo de um jacaré, animais que foram a inspiração para o nome da equipe. “Me inspira muito competir em um torneio dessa amplitude.


Na F1 nas Escolas aprendi coisas que eu só aprenderia na faculdade. O projeto social, por exemplo, nos ensina também a sermos humildes”, afirma.

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