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CRIMES POLICIAIS: Corpo encontrado no Rio Guandu é de perito morto por militares da Marinha


Militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar encontraram, no terceiro dia de buscas, um corpo no Rio Guandu, em Japeri, na Baixada Fluminense, que é do perito papiloscopista Renato Couto, de 41 anos, segundo a família do policial. Os bombeiros confirmaram que o cadáver foi localizado por volta das 8h desta segunda-feira (16) em uma das margens, preso à vegetação.


De acordo com as investigações, Renato foi sequestrado e morto por três militares da Marinha depois de uma discussão sobre materiais levados para um ferro-velho, na última sexta-feira (13), na Praça da Bandeira, na Zona Norte da cidade. Um cabo, dois sargentos e o pai de um deles foram presos pelo crime.


O corpo encontrado nesta manhã está numa das margens, a 500 metros da ponte. Cerca de 30 agentes dos Bombeiros atuaram nas buscas.


Após o reconhecimento, uma equipe da 18ª DP (Praça da Bandeira) chegou ao local e deu apoio aos familiares e à mulher da vítima. Em seguida, peritos do Instituto Félix Pacheco também chegaram. O carro de remoção também está no local para a retirada do corpo, que será levado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro.


Um colega do policial ajoelhou e chorou ao lado do corpo. Parentes da vítima, após reconhecerem o corpo, fizeram uma oração. De mãos dadas, eles rezaram o Pai Nosso.

Bombeiros fazem busca pelo corpo do perito da Polícia Civil Renato Couto no Rio Guandu Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

A família destacou que Renato fez vários registros de ocorrência contra Lourival. Eles contam que, quando foi morto, o policial tinha no bolso da calça uma nota fiscal do material roubado.


— A gente quer justiça e que eles sejam punidos severamente. Nada justifica o que fizeram. Está tudo em vídeo. Meu irmão já tinha ido lá várias vezes. Eles armaram para o matar. Ele foi morto com a nota fiscal no bolso. O meu irmão só procurou o que era dele.


Ele só foi rever o que estava lá. Meu irmão foi agredido. Eles eram um ferro-velho ilegal. A última vez que estive com o meu irmão foi no Dia das Mães e disse que estava cheio de dívidas por conta daquilo. Só quem é trabalhador sabe como está tudo caro. E meu irmão montou a loja para ter uma segunda renda e fazer a casa para a minha mãe — disse a fisioterapeuta Débora Couto de Mendonça, de 38 anos, uma das irmãs de Renato.


— Ele tinha diversos boletins de ocorrência dos roubos. O que mais me choca é que são militares em favor da população, de serviço, sair do local e fazer isso. A certeza da impunidade, fazer o que fizeram a luz do dia em uma praça, onde muitas pessoas passam. Eles tinham a certeza da impunidade. Eles não são militares de boa índole. Uma pessoa desesperada briga, dá um tiro e vai embora. Eles premeditaram tudo, em um dia de serviço — completou a irmã da vítima.


Renato é o mais velho de cinco irmãos. Ele deixa duas filhas, uma de 4 anos e outra de 8.


O que chamou a atenção foi a marca de uma freada em cima do viaduto e gotas de sangue que percorrem até o local onde o policial foi jogado. Em ao menos 30 metros é possível ver a trajetória feita pelos criminosos. Segundo os investigadores, os envolvidos carregaram Renato, que sangrava por conta dos ferimentos, até o jogarem da ponte.


No domingo, a procura pelo corpo também foi feita pelo ar. Um helicóptero da polícia sobrevoou o Rio Guandu, onde supostamente o cadáver de Renato foi jogado pelos militares da Marinha.


O primeiro-sargento Bruno Santos de Lima — preso com o pai, o empresário Lourival Ferreira de Lima, e os também militares do 1º Distrito Naval Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fidelis Motta por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver do perito papiloscopista Renato Couto — afirmou que o grupo “não combinou nada específico” sobre onde colocar o corpo.


Em depoimento prestado na 18ª DP (Praça da Bandeira), Bruno relatou que, somente após deixarem a Avenida Radial Oeste, onde deu tiros e colocou o policial civil dentro de uma viatura da Marinha, e estarem “em via pública”, no sentido Baixada Fluminense, “avistou um grande rio”, o Guandu, em que sugeriu que a vítima fosse deixada, não sabendo precisar se ela apresentava sinais vitais quando foi arremessada por cima da mureta do viaduto.


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