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Governo Bolsonaro defenderá em reunião do Grupo de Lima mais pressão sobre regime Maduro


Brasil será representado nesta segunda (25) no encontro do grupo em Bogotá pelo vice Hamilton Mourão e pelo chanceler Ernesto Araújo. Reunião discutirá a crise política e social na Venezuela


O Brasil vai defender nesta segunda-feira (25), em reunião do Grupo de Lima que será realizada na Colômbia, que a comunidade internacional aumente a pressão diplomática e econômica contra o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro.


Representantes dos 13 países que integram o grupo vão se reunir em Bogotá para voltar a discutir a situação política e social da Venezuela. O governo brasileiro será representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Eles embarcam na tarde deste domingo (24) para a capital colombiana.


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O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar Caracas a restabelecer a democracia na Venezuela. Além de Brasil e Peru, mais 11 países integram o Grupo de Lima: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.


O tom da posição que deve ser defendida pelo governo brasileiro no encontro foi repassado pelo presidente Jair Bolsonaro ao vice-presidente da República.


A expectativa do Palácio do Planalto é de que o isolamento de Nicolás Maduro se amplie após a reunião do Grupo de Lima, uma vez que será solicitado que mais países declarem que romperam relações com a Venezuela.


Neste sábado, se intensificou a crise política e humanitária no país sul-americano. Em resposta ao chamado Dia D de doações do exteriororganizado pela oposição venezuelana, as forças de segurança da Venezuela reprimiram com violência protestos contra o regime Maduro e queimaram alguns caminhões que transportavam alimentos e medicamentos doados pelos Estados Unidos.


Bolsonaro e Mourão conversaram na noite deste sábado (23), por telefone para fazer uma avaliação sobre o primeiro dia de operação da ajuda humanitária que tenta levar alimentos e remédios para o povo venezuelano.


No município venezuelano de Ureña, na fronteira com a Colômbia, houve confronto entre manifestantes e policiais. Três venezuelanos morreram e centenas ficaram feridos. Em um pronunciamento em Caracas no sábado, Nicolás Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia e deu 24 horas para diplomatas de Bogotá deixarem o território venezuelano.


Em Pacaraima (RR), município brasileiro na fronteira com a Venezuela, dois caminhões com ajuda humanitária foram impedidos de ingressar em território venezuelano. Manifestantes insatisfeitos com a decisão de Caracas entraram em confronto com militares venezuelanos que faziam a segurança da aduana, atirando pedras.


Na avaliação de Mourão, a reação de Maduro – com bloqueios nas estradas e confrontos na fronteira – "era a esperada", uma vez que Maduro ainda tem o domínio das Forças Armadas.


Segundo o vice-presidente, o Brasil "não vai estressar" sobre o fato de tiros e bombas de efeito moral terem atingido o território brasileiro. Mourão ponderou que a fronteira do Brasil com a Venezuela por Pacaraima – palco do confronto deste sábado em Roraima – se trata de área terrestre, a chamada 'linha seca" e não há como impedir que disparos ultrapassem os dois lados.


"E ninguém do nosso lado foi ferido “, ressaltou o vice-presidente.


Vice-presidente dos EUA


Além de participar do encontro do Grupo de Lima nesta segunda-feira em Bogotá, Hamilton Mourão também pode se reunir na capital colombiana com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. A confirmação da agenda ainda depende de disponibilidade nas agendas dos dois vice-presidentes.


No fim da da manhã deste domingo, Mourão fez um passeio de bicicleta por Brasília. O roteiro incluiu uma volta pelos gramados do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, onde Bolsonaro mora com a família.


 



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