Nas últimas três décadas, a família usou dinheiro em espécie para negociar, totalmente ou parcialmente, 51 imóveis
Bolsonaro - Foto/Divulgação
Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares próximos foi construído em dinheiro vivo.
No total, dos anos 90 até hoje, o clã Bolsonaro negociou 107 imóveis, de acordo com uma reportagem do UOL, divulgada nesta terça-feira (30).
Segundo a reportagem, nas últimas três décadas, a família usou dinheiro em espécie para negociar, totalmente ou parcialmente, 51 imóveis, pouco menos que a metade deste total.
Os dados são referentes às declarações próprias da família Bolsonaro.
Dinheiro vivo
As compras em dinheiro em espécie somam R$ 13,5 milhões (R$ 25,6 milhões em valores corrigidos pelo IPCA).
Tais compras estão sinalizada nos cartórios como "em moeda corrente nacional", expressão usada para quando o pagamento é em espécie.
Jair Bolsonaro e ex-mulheres (Rogéria Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle)
8 imóveis - Casas, apartamentos e lotes (RJ e Brasília) R$ 973,1 mil (R$ 3,2 milhões corrigidos)
Filhos (Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro)
19 imóveis - Apartamentos e salas comérciais (RJ) R$ 8,5 milhões (R$ 15,7 milhões corrigidos)
Irmãos e mãe (Maria Denise, Maria Solange, Vânia, Renato e Olinda Bolsonaro)
24 imóveis - Casas, lotes e imóveis comérciais (SP) R$ 4,1 milhões (R$ 6,6 milhões corrigidos)
Outros imóveis
De outros 26 imóveis, que somam pagamentos de R$ 986 mil (R$ 1,99 milhão em valor corrigido), não é possível saber o modo de compra. Segundo o UOL, para estes, não consta o valor nos documentos de compra e venda.
Outros 30 imóveis, que totalizaram R$ 13,4 milhões (R$ 17,9 milhões corrigidos) envolveram cheques ou transferências bancárias.
Investigações do MP
Os Ministérios Públicos do Rio e do Distrito federal já abriram investigações para 25 destes imóveis.
Não necessariamente com dinheiro vivo, aquisições e vendas de Bolsonaro, seus filhos e suas ex-mulheres se tornaram objeto de apurações.
O levantamento da UOL considerou o patrimônio construído no RJ, em SP e no DF pelo presidente, seus três filhos mais velhos (Eduardo, Flávio e Carlos), sua mãe, cinco irmãos e duas ex-mulheres.
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