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Menina de 9 anos implora por ajuda após ser estuprada por colega de 13 em abrigo no litoral de SP

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito do crime seria um adolescente de 13 anos, que foi apreendido e encaminhado para a Fundação Casa.


Menina teria sido estuprada em um abrigo para menores em Santos, SP — Foto: Arquivo pessoal


Uma menina de apenas nove anos foi vítima de estupro enquanto estava em um abrigo para menores de idade, em Santos, no litoral paulista. Um adolescente de 13 anos é suspeito do ato infracional e foi encaminhado para a Fundação Casa. A família afirma que avisada somente 12 dias depois do caso, no entanto, a prefeitura informa que somente os pais com responsabilidade legal sobre as crianças devem ser informadas.


O caso teria ocorrido no dia 19 de setembro, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado. A Polícia Militar foi acionada para atender o caso de estupro de vulnerável na Avenida Dino Bueno, na Ponta da Praia, onde fica localizado o abrigo particular, que está sob intervenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Santos. Na unidade, o adolescente foi apreendido, e a menina foi socorrida para o Hospital Frei Galvão, no Boqueirão. A mãe da garota, que prefere não se identificar, informou que os filhos estão no abrigo há cerca de um ano, pois houve uma briga com o ex-marido e a Justiça decidiu que o local era mais seguro para as crianças. Ela soube do abuso no último dia 30, quando recebeu a mensagem de uma das abrigadas.

"Recebi uma mensagem que a minha menina tinha sido vítima de estupro no banheiro do abrigo. Eles [abrigo] não me avisaram, não falaram nada. Liguei para o meu ex-marido, e eu e ele fomos até lá. O advogado nos instruiu falando que teria que chamar a Polícia Militar porque senão eles não iam passar nenhuma informação sobre a criança, já que não temos a guarda", explica. O casal acionou as autoridades, que compareceram ao local. Ela foi informada pelos policiais que o suspeito tinha 13 anos, e também estava abrigado na unidade. "Quando eu cheguei lá, ela começou a gritar: 'mãe, me tira daqui, eu fui estuprada'. A minha menina está desesperada, ficou muito nervosa. Eu também estou passada com tudo isso", desabafa a mãe. Após o caso, um termo de declaração foi registrado na Central de Polícia Judiciária de Santos. Em nota, a prefeitura informa que, desde julho de 2021, a unidade está sob a intervenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds), após decisão judicial que determinou a suspensão do termo de colaboração entre a Seds e a entidade, para apuração de fatos de conhecimento do Poder Judiciário, que estão sob segredo de justiça.

Ainda conforme a administração municipal, os familiares que possuem vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos e que têm autorização judicial para agendar visitas ao acolhimento são comunicados constantemente dos atendimentos realizados pela equipe técnica da Seds.

 

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