O ginecologista de 75 anos fez elogios as partes intimas da vítima e a chamou para um motel
Um ginecologista de 75 anos foi preso após ser denunciado por uma paciente que diz ter sido abusada dentro do consultório dele, em uma clínica em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.
A vítima relata que, logo que entrou no consultório do médico Silvio Pereira, ouviu do médico uma pergunta estranha.
“Ele perguntou se eu estava com a vida sexual ativa e se eu gostava assim de homens mais velhos. Eu respondi que não, mas aí ele perguntou: ‘mas assim, acima dos 70, não tem interesse?’”, disse a vítima que prefere não ser identificada.
A moça conta que desconversou e que essa era a segunda vez que ela se consultava com o médico. Durante o exame, a jovem percebeu que havia algo de errado.
“Quando ele já tinha feito o procedimento com o aparelho utilizado, ele retirou e colocou a mão dele e começou a fazer elogios às minhas partes íntimas e fazendo perguntas bem sexuais mesmo e me tocando em partes que um ginecologista não toca”, afirmou a vítima.
“Em momento nenhum, ele utilizou meias-palavras ou deixou subentendido. Ele falou as palavras sexuais mais chulas possíveis que você possa imaginar ali pra mim e deixou claramente a intenção dele. Ele me chamou pro motel, ele me chamou pra jantar, ele fez as coisas ali, ele falou palavrões e tudo”, completou.
Nessa hora, a jovem disse se levantou e, já chorando, começou a se vestir para ir embora. Ela conta ainda que o médico agiu naturalmente, como se nada tivesse acontecido.
“Ainda falou assim para mim no final: ‘Ah, marca para daqui um mês que eu quero te ver que eu vou te deixar boazinha’”.
A vítima chegou a ir para casa, mas depois de pedir ajuda à irmã, chamou a polícia e as duas voltaram para a porta do prédio para esperar os policiais. O ginecologista foi preso em flagrante ainda dentro do consultório.
Na delegacia, o médico Silvio Pereira negou as acusações. A delegada também ouviu a secretária do médico.
A funcionária disse que sempre era chamada pelo médico pra acompanhar a paciente em exames assim, o que não aconteceu desta vez. A polícia ainda investiga se o médico fez outras vítimas e pede que elas tenham coragem de denunciar.
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