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Não vou me masculinizar, nem me vestir como um homem para conseguir respeito


Visitanto as obras da escola, em Bombinhas: "Não vou me masculinizar, nem me vestir como um homem, para conseguir respeito" (Foto: Arquivo Pessoal) Abaixo, trechos da entrevista que ela concedeu ao blog ontem, por telefone. Blog – Como a senhora recebeu as agressões nas redes sociais? Ana Paula — Li os comentários até um determinado momento, então parei.


Por mais que você tenha autoestima e fé, não há como sustentar a sanidade diante de reiterados e sequenciais comentários ofensivos. Nenhum ser humano suporta. O pior é que coisas que eu pensei que já tinha superado, antigas feridas, voltaram do passado. Tudo por causa de um decote…


Blog — A senhora imaginava que provocaria essa repercussão, quando escolheu o macacão para ir à posse na assembleia?


AP — Não mesmo. Estava feliz da vida, me achando linda. Eu tenho uma origem muito simples, pé no chão; na infância, não tinha sapato para usar. Jamais pensei que um dia seria prefeita, muito menos deputada estadual. Então, hoje, quando tenho uma ocasião importante, gosto de me vestir, ir ao cabeleireiro, passo a tarde inteira me cuidando.


Blog — A senhora se arrependeu de ter ido com o macacão?


AP — Olha, quando eu me separei, há sete anos, eu tomei uma resolução para a vida. De empoderamento mesmo. A partir dali, nunca mais deixaria alguém decidir que roupa eu usaria. Isso vale para o namorado e para o resto do mundo.


Blog — Quanto tempo foi casada? Tem filhos?


AP — Quinze anos. Quinze longos anos. Duas meninas

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