Presidente do Senado disse que a atual crise 'têm potencial de impactos político, econômico e social difíceis mesmo de imaginar'
Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e presidente da Câmara, Arthur Lira | Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal
Os presidentes das duas Casas do Legislativo brasileiro decidiram se pronunciar nesta quinta-feira, 24, sobre a invasão russa à Ucrânia. Eles fizeram um apelo para que a situação seja resolvida por meio da diplomacia.
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em nota oficial, expressou sua inquietação com “o agravamento do conflito”
Ele disse que a magnitude da atual crise e sua rápida deterioração “têm potencial de impactos político, econômico e social difíceis mesmo de imaginar”.
“Consoante a política externa brasileira, que historicamente tem-se orientado pela busca da paz e pela solução negociada dos conflitos internacionais, como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmamos a necessidade de um diálogo amplo, pacífico e democrático com vistas a uma rápida solução negociada que contemple os legítimos interesses das partes envolvidas”, escreveu.e reafirmou a crença na democracia e em uma solução diplomática para o conflito.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também defendeu a via da diplomacia para solucionar o conflito entre Rússia e Ucrânia. Pela redes sociais, Lira se posicionou contra a guerra.
“O mundo já enfrenta o luto de milhões de perdas da pandemia de covid-19. À medida que voltamos à normalidade, assistimos uma escalada sem precedentes entre Rússia e Ucrânia. Neste momento, precisamos de paz, entendimento e que as duas nações busquem os caminhos diplomáticos”, escreveu.
Em nota oficial, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado classificou o conflito como “fato de extrema gravidade” que atenta contra a soberania de um país.
O texto, assinado por Kátia Abreu (PP-TO), presidente do colegiado, avalia que as ações militares da Rússia violam “princípios fundamentais da Carta da ONU e do direito internacional” e põem em risco a vida de cidadãos inocentes.
Segundo a parlamentar, o Brasil, especialmente pela sua representação no Conselho de Segurança das Nações Unidas, deve buscar a cessação dos ataques e a resolução pacífica do conflito.
A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara também repudiou o ataque russo. O presidente do colegiado, Aécio Neves (PSDB-MG), emitiu uma nota.
“Os bombardeios russos contra a Ucrânia, país soberano que conquistou sua Independência em 1991, viola as regras e normas internacionais e deve ser fortemente condenado pelas instâncias multilaterais e os governos democráticos.”
Comments