O óbito também é o primeiro registrado durante o surto mundial fora da África
A primeira morte de um paciente com varíola dos macacos no Brasil foi confirmada nesta sexta-feira (29), pelo Ministério da Saúde. O paciente era de Uberlândia, em Minas Gerais.
Esse é o primeiro óbito do surto mundial fora da África, onde a doença é endêmica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o vírus está em estado de emergência pública internacional. São, ao menos, 75 países com mais de 16 mil casos e cinco mortes no continente afeicano. Até o momento, no Brasil, são 1.066 pessoas contaminadas com a doença, sendo 823 apenas em São Paulo.
Outros diagnósticos estão espalhados pelo país, como:
124 diagnósticos no Rio de Janeiro;
44 em Minas Gerais;
21 no Paraná; 15 no Distrito Federal;
13 em Goiás;
5 na Bahia;
4 em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará;
3 em Pernambuco;
2 no Espírito Santo e no Rio Grande do Norte; e
1 no Acre e em Tocantins.
Perfil dos infectados e como isso pode mudar com avanço da doença
O monkeypox visto em microscópio eletrônico - Imagem: CDC/REUTERS via BBC News Brasil
Homens que fazem sexo com outros homens, gays e bissexuais com menos de 40 anos são os mais afetados pelo vírus monkeypox nos primeiros meses desde que os casos começaram a se espalhar pelo mundo.
Especialistas alertam que, no entanto, isso não significa que outros indivíduos estão livres da ameaça: conforme o vírus da varíola dos macacos se espalha mundo afora, a tendência é que ele infecte cada vez mais pessoas que não se encaixam nesse perfil inicial.
Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram detectados os dois primeiros casos dessa infecção em bebês.
"É questão de semanas para começarmos a ver mais casos em outros grupos, como heterossexuais ou crianças", antevê o médico sanitarista Nésio Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). "Essa é a evolução natural esperada para a doença", complementa.
Comments