"Tenho 34 anos, sou professor universitário e namoro há três anos. Nossa relação é ótima, tanto afetiva como sexual. Mas ando preocupado com minhas fantasias na hora em que estamos transando. Tenho imaginado que minha namorada e sua melhor amiga estão na cama comigo. Como nunca contei isso para ela, às vezes, me sinto culpado."
Num estudo(*) da universidade americana de Colúmbia, o psicanalista G. Fogel afirma que virtualmente todos têm fantasias sexuais aberrantes, embora nem sempre conscientes do fato.
Ele também admite que elas são tão frequentes nas mulheres como nos homens.
A questão é que como ninguém tem coragem de contar suas fantasias, todos se assustam, pensando que são os únicos a tê-las.
Estudos mostram que um entre quatro entrevistados tem fortes sentimentos de culpa por suas fantasias.
Muitos tentam reprimir suas fantasias.
As mais comuns são sexo grupal, incluindo a ideia de ser observado, fantasias de dominação — ser amarrado e subjugado durante o sexo —, inversão de papéis, relação com pessoas do mesmo sexo, principalmente em lugares inusitados, e parecem existir na mesma proporção para homens e mulheres.
Mas o fato é que quase todas as pessoas têm fantasias sexuais.
Existem as que não sentem muito prazer, e até mesmo são incapazes de atingir o orgasmo, sem recorrer a elas.
Por mais que exista grande atração entre um casal, a excitação não se dá sempre da mesma forma, tem altos e baixos.
Acredito que as fantasias pertencem justamente a uma área de repouso da experiência humana, livre de explicações racionais.
E, na maioria das vezes, muito mais prejudicial do que acontecerem na realidade é o sentimento de culpa que provocam.
(*) Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL, nem deste blog.
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