O fechamento das fronteiras da Venezuela, ordenado pelo presidente Nicolás Maduro, elevou o clima de tensão no país e entre os vizinhos. As divisas foram cerradas às vésperas do envio da ajuda humanitária solicitada pela oposição Venezuelana.
A expectativa é de que remédios e medicamentos enviados pelos Estados Unidos cheguem ao país neste sábado, 23 de fevereiro. O ministro Ernesto Araújo está em Pacaraima e anunciou, por volta das 11h da manhã, que está chegando à fronteira o primeiro caminhão de ajuda humanitária enviado pelo Brasil em conjunto com os Estados Unidos.
Araújo insistiu que confia nos soldados do lado venezuelano que hoje estão fechando a fronteira para evitar a passagem de veículos. Os venezuelanos vivem uma grave crise política há alguns anos, que ganhou novos contornos no último mês, quando o opositor Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino. O líder opositor recebeu o apoio de vários países, entre eles o Brasil e os EUA.
O agravamento da crise provocou novos protestos nas ruas nas últimas semanas e, em meio a este cenário, cerca de 150.000 pessoas participaram nesta sexta-feira do Venezuela Aid Live, um concerto musical gratuito realizado no limite entre a Colômbia e a Venezuela, na cidade colombiana de Cúcuta.
O evento contou com a participação de Guaidó, que estava proibido pela Justiça de deixar seu país. Segundo ele, contudo, "as Forças Armadas também participaram desse processo, o que pode indicar que o apoio de militares a Maduro segue se enfraquecendo.
Durante o dia, dois venezuelanos morreram em confrontos com os militares do país e pelo menos 12 pessoas ficaram feridas. Apesar das tensões, as ações de ajuda humanitária seguem programadas para este sábado.
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