Em transmissão ao vivo pelas redes sociais de dentro do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou fiscais do Ibama, ONGs e ameaçou cortar a diretoria da Funai.
Além de Bolsonaro, participaram do vídeo cinco indígenas de etnias diferentes, de diversas origens do país. Eles foram levados ao Planalto por Luiz Antonio Nabhan Garcia, ruralista e Secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura.
“Assim como o povo brasileiro tem que dizer o que eu vou fazer como presidente, o índio tem que dizer o que a Funai vai fazer”, disse, segundo a Folha de S. Paulo. “Se não for assim, eu corto toda a diretoria da Funai.”
Na ocasião, o presidente voltou a defender a exploração mineral em terras indígenas, principalmente na área da reserva ianomami onde, segundo ele, há “bilhões ou trilhões de dólares” debaixo da terra.
“A [reserva] ianomami é riquíssima. Por isso que tem ONG dizendo que tá defendendo índio lá. Se fosse uma terra pobre, não teria ninguém lá. Como é rica, tá lá esses picaretas internacionais, picaretas dentro do próprio Brasil, picaretas dentro do governo dizendo que protegem vocês”, disse, apontando para os indígenas.
No vídeo, os índios defendem o direito de cultivar as terras e produzirem atividades para geração de riquezas.
Bolsonaro criticou ainda a atuação de fiscais do Ibama, da Funai e de ONGs indigenistas.
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