Por: Adauto Ribeiro com informações do Correio Brigadiano/Caroline Tidra: Diário Gaúcho
Em novembro do ano passado, o sargento Fraga foi vítima de um acidente de trânsito em Viamão, que resultou na perda da perna esquerda.
Foi longe da guarita de salva-vidas e do policiamento ostensivo que o segundo sargento da Brigada Militar Luiz Felipe Fraga, 39 anos, começou o ano. Em 18 de novembro da 2019, no trajeto para uma consulta médica, ele foi vítima de um acidente de trânsito na Avenida Senador Salgado Filho, em Viamão, que resultou em várias lesões.
Entre elas, rompimento do baço, fraturas nas costelas, colapso pulmonar e amputação da perna esquerda acima do joelho. Ele passou 28 dias na UTI.
Fraga ingressou na BM em 2006 e, no ano passado, atuava no 18 º BPM, em Viamão. Além disso, era salva-vidas havia 13 anos no Litoral Norte. Atualmente, está em licença médica e busca apoio para a compra de uma prótese que devolva sua qualidade de vida. Segundo ele, a ideia da campanha partiu dos seus colegas da BM. Desta forma,
Fraga organizou uma vaquinha online que visa a arrecadação de R$ 250 mil – valor que cobre a compra do equipamento e também o acompanhamento de fisioterapeutas durante a adaptação. A ação entre policiais teve diversos compartilhamentos em redes sociais.
— Eu sempre quis trabalhar na Brigada Militar. A intenção era ser bombeiro mas, no ano que entrei, optei pelo policiamento devido ao número de vagas. Em 2007, fiz o curso de guarda-vidas e comecei a atuar no Litoral. A atividade de salvamento era a minha paixão —conta Fraga.
Atividades
Durante sua trajetória, se capacitou em diferentes áreas, como em Pelotões de Operações Especiais, Tripulante Operacional, Cinotecnia — técnicas para o trabalho com cães – e Salva-Mar. Em 2018, formou-se sargento.
Ligado aos esportes, o sargento participou de maratonas e campeonatos, sendo campeão em duas rústicas e destaque em competições de tiro.
— Quero tentar voltar a fazer atividades físicas de forma adaptada, como eu puder fazer. Sei que existem projetos com atletas paralímpicos, mas tenho uma caminhada longa pela frente. De acordo com o médico, para minha readequação, preciso de uma prótese que é bastante cara, pois tem um joelho articulado — explica o sargento e complementa:
— Hoje, entendo o quanto é difícil uma readaptação. Espero poder ajudar outras pessoas na mesma situação e retribuir aqueles que tem me ajudado.
Reconhecimento na carreira
Colega e amigo de Fraga, o soldado Maikon Adornes, 30 anos, de Uruguaiana, é um dos apoiadores da campanha para a compra da prótese.
— Fiquei surpreso com o acidente e, logo após, tentei contato com ele (sargento Fraga), sem sucesso. Quando eu atuava em Viamão, até maio do ano passado, era motorista e trabalhava na companhia dele em operações. Por isso, além de colegas, nos tornamos amigos. Essa campanha é para ajudá-lo a ter uma melhor qualidade de vida, pois a prótese é muito cara, e uma (prótese) comum não vai dar a ele os mesmos movimentos — afirma o soldado.
Adornes relembra um dos momentos importantes para sua carreira e também para a de Fraga:
— Em junho de 2019, fomos agraciados com a medalha Comenda Metropolitana, do Comando de Policiamento Metropolitano, devido ao nosso trabalho. É uma condecoração para militares que se destacam na carreira, e foi muito gratificante recebê-la.
Como ajudar
/// É possível contribuir para a compra da prótese doando na vaquinha online.
/// Doações também podem ser feitas via depósito bancário no Banco do Brasil, agência 0628.9, conta 91.210.7, ou pelo Banrisul, agência 0031, conta 35.191.263-08.
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