Dodge denuncia Michel Temer ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro no caso dos portos
Nos últimos dias de Governo o presidente Michel Temer recebe pela terceira vez uma denuncia da PGR, a acusação criminal trata do caso do inquérito dos portos e foi apresentada no último dia antes do recesso do Judiciário, que começa nesta quarta (20).
Outras duas denuncias anteriores a esta foram suspensas por decisão da Câmara dos Deputados, a que acusou ele de organização criminosa para desviar dinheiro de estatais e a denúncia na qual foi acusado de desvio no caso da mala de R$ 500 mil recebida por um assessor de executivo da JBS.
De acordo com a Policia Federal, há indícios de que Temer e mais dez pessoas integraram um esquema para favorecer empresas específicas na edição de um decreto sobre o setor portuário.
Após a divulgação do pedido de Dodge, o presidente Michel Temer afirmou, por meio de nota, que “provará, nos autos judiciais, que não houve nenhuma irregularidade no decreto dos portos, nem benefício ilícito a nenhuma empresa”.
Na denúncia apresentada nesta quarta, de 72 páginas, Dodge pede que Temer seja condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“As provas coligidas na investigação demonstram a existência de um pernicioso e perene esquema de troca de favores, cujo epicentro era Michel Temer, configurando um sistema institucionalizado de corrupção”, diz Dodge.
A procuradora denunciou outras cinco pessoas por corrupção ativa e passiva e lavagem, entre elas, o ex-assessor especial da Presidência da República, Rodrigo Rocha Loures. A procuradora também pede a condenação do amigo do presidente, o coronel aposentado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho.
A PGR pede que todos sejam condenados a pagar uma indenização por danos morais de R$ 32.615.008,47, soma dos valores desviados.
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