Prisão ocorreu dentro da Operação Checkout, que envolve a empresa CVC Turismo
A Operação Checkout prendeu temporariamente nesta terça-feira (12) o empresário Átia Reys Silva, durante uma ação conjunta entre o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal e a Receita Federal que investigava irregularidades em processos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Segundo a procuradoria, Silva atuava como lobista, intermediando negociatas para o favorecimento de companhias com pendências em tramitação no órgão vinculado ao atual Ministério da Economia.
Também foram cumpridas 23 ordens de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. De acordo com o MPF, Silva tinha acesso a informações fiscais sigilosas e oferecia facilidades ilícitas a empresas contra as quais havia cobranças de impostos em atraso e multas.
“O investigado integrava uma extensa rede de agentes, que incluía também advogados, servidores públicos e ao menos dois membros do Conselho”.
A ação desta terça foi decorrente da Operação Descarte, ocorrida há pouco mais de um ano, que prendeu suspeitos e recolheu provas sobre um esquema de lavagem de dinheiro usando empresas de fachada.
A partir dessas evidências, a polícia chegou ao empresário que, segundo as investigações, administrava uma conta em nome de uma empresa fantasma usada para receber dinheiro vindo do esquema.
O caso que levou à Operação Checkout envolve a empresa CVC Turismo, que teve dívidas de R$ 161 milhões abatidas por decisão do Carf em 2014 após o pagamento de R$ 39 milhões em propinas ao grupo.
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