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Expulsos 30 alunos da Unesp por fraudes nas cotas raciais (por si só cota já é uma grande fraude)


Os desligamentos foram publicados na edição de quinta-feira (30) do Diário Oficial do Estado de São Paulo

A Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) expulsou 30 estudantes que por fraude

nas cotas raciais em vestibulares anteriores a 2020.


Segundo a reitoria da instituição, são pessoas que se autodeclararam como pretos ou pardos no processo seletivo e foram denunciados, após procedimento de averiguação eles foram desligados.


Além de perder a vaga, os estudantes ficam impedidos de se matricular na Unesp pelos

próximos cincos anos.


A instituição, no entanto, diz que a princípio não ingressará com ações judiciais por "acreditar no caráter pedagógico da medida", que prioriza cessar esse tipo de irregularidade.


É a segunda vez que a Unesp desliga estudantes por esse motivo.


Segundo a universidade, os desligamentos publicados no Diário Oficial desta sexta-feira, 31, ocorreram após procedimentos de averiguação e os estudantes tiveram direito a ampla

defesa, inclusive em grau de recurso.


Comissão


A Unesp é a única universidade estadual paulista que possui uma Comissão de

Averiguação, instituida para analisar as autodeclarações de ingressantes por meio da

reserva de vagas reservadas a pretos ou pardos.


A medida atende a uma recomendação do Ministério Público Federal - a falta de instrumento que previna fraudes pode configurar até improbidade administrativa.


A comissão leva em consideração características fenotípicas, tais como pigmentação da pele e dos olhos, tipo de cabelo e forma do nariz e dos lábios, para validar as autodeclarações.


A Unesp, assim como USP e Unicamp, reserva metade das vagas para alunos egressos de

escolas públicas. Desse total, 35% são para quem se autodeclara preto, pardo ou indígena.


 


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