O porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros, disse hoje que o Exército e as Forças Armadas não compartilham "equívocos" de seus integrantes.
A declaração foi em resposta a uma pergunta sobre a ação do Exército que disparou 80 tiros de fuzil contra o carro de uma família, no último domingo (7), no Rio de Janeiro.
"A instituição Exército e Forças Armadas não compartilham com equívocos dos seus integrantes, mas por óbvio, precisa que seja feita uma apuração.
A mais correta e justa possível", disse Rêgo Barros em briefing no Palácio do Planalto.
O porta-voz confirmou que o presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
"O presidente confia plenamente na Justiça Militar e no Ministério Público Militar e a partir desse pressuposto ele identifica que esse caso seja o mais rapidamente elucidado", disse.
No último domingo (7), uma família foi fuzilada pelo Exército dentro de um carro de passeio.
O músico Evaldo Rosa dos Santos morreu baleado. O sogro de Evaldo e um pedestre que passava pela rua também foram alvejados. A família contou que seguia para um chá de bebê.
O Comando Militar do Leste informou na segunda-feira (8) que dez homens envolvidos na ação foram afastados e estão presos.
O ministro Sergio Moro (Justiça) esteve em reunião na Câmara e, após duas horas, deixou o local sem falar com a imprensa e também não se pronunciou oficialmente.
Segundo parlamentares presentes, Moro disse que o fuzilamento do Rio não pode ser entendido como legítima defesa.
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