Foi realizada, nesta segunda-feira (29/04), mais uma troca de contingente dos militares envolvidos na Operação Acolhida, em Roraima.
O transporte para a substituição do efetivo, que atuava na capital do Estado e na fronteira com a Venezuela desde 22 de janeiro deste ano, foi feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) em seis voos a bordo das aeronaves C-767, C-99, C-130 e VC-2.
Aproximadamente 450 militares embarcaram em Guarulhos (SP) e seguiram até a Ala 7, em Boa Vista. Parte do novo contingente designado para a Operação Acolhida chegou no fim da manhã, por volta de 11h45, horário local. O restante pousou ao longo da tarde, preparados para assumir a nova missão por três meses.
Após o desembarque, os mesmos aviões foram usados para levar cerca de 500 militares do Comando Militar do Oeste (CMO) e do Comando Militar do Planalto (CMP), organizações do Exército Brasileiro, de volta para casa. Cento e cinco deles, passaram três meses em Pacaraima (RO).
“Parte dos militares vai para o Rio de Janeiro (RJ) e de lá segue para Campo Grande (MS). O restante volta para Brasília (DF). Com isso, apenas 10% do efetivo anterior ficará por aqui porque são necessários de 10 a 15 dias para a passagem de serviço”, explicou o Chefe da Divisão de Pessoal da Operação Acolhida, coronel Alexandre dos Santos Ferrarez Paiva.
O Coordenador do 5º Contingente, coronel de Infantaria do Exército Brasileiro (EB) Aristóteles Martins Rocha, explica que a missão humanitária em Roraima já acontece há um ano.
“O trabalho em campo se concentra no auxílio do controle da fronteira, na interiorização dos venezuelanos, incluindo a recepção e identificação dos imigrantes, no fornecimento de documentos, montagem e manutenção de abrigos, vacinação, assistência médica e odontológica… O EB agradece à FAB pelo esforço em transportar toda nossa tropa em apenas um dia!”, completou.
O Comandante do Esquadrão Corsário (2º/2º GT), major Aviador Marcos Fassarella Olivieri, falou sobre a satisfação de poder participar de um momento como este.
“O nosso esquadrão e outros esquadrões da FAB têm se engajado muito nesse tipo de missão. Nós ficamos muito felizes porque sabemos que direta ou indiretamente estamos ajudando centenas ou até milhares de pessoas”, compartilhou.
“Nossa preparação foi pesada. Ficamos uma semana aquartelados. Claro que temos nossa formação militar, mas mesmo assim tivemos que trazer algo a mais na bagagem para poder contribuir da melhor maneira possível”, contou o Tenente do Exército Joselito Jói Barbosa, ao falar sobre a expectativa do trabalho que será desempenhado até o dia 29 de julho.
Antes de partir para o norte do país, os militares despediram-se de seu familiares em cerimônia realizada na Base Aérea de São Paulo, presidida pelo Comandante Militar do Sudeste, General de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira.
“Essa é uma missão real, na qual contamos com o apoio da Força Aérea que possibilitou a execução, disponibilizando todas essas aeronaves”, disse o oficial-general.
Balanço
Essa foi a quarta troca de contingente realizada desde o início da Operação Acolhida, organizada para dar suporte à interiorização de venezuelanos. Desde então, participaram da operação em Roraima 2.550 militares, vindos de outros estados do país. Nesse período, 8.700 venezuelanos foram interiorizados e cerca de 6.200 abrigados.
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