Toffoli e Moraes ficam isolados ao defender inquérito das fake news que gerou censura de site e revista
O inquérito aberto pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e seu relator, o ministro Alexandre de Moraes, isolou os dois juízes dentro do cenário político e jurídico do Brasil.
Toffoli e Moraes conseguiram colocar do mesmo lado da mesa o Palácio do Planalto, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Procuradoria-Geral da República, integrantes do Congresso Nacional e a cúpula dos militares.
No próprio Supremo, o desdobramento do inquérito e as medidas determinadas por Moraes foram reprovados por integrantes da Corte, que viram excessos.
“Isso, pra mim, é inconcebível, é censura. Eu não vi nada demais no que foi publicado com base em uma delação.
O homem público é, acima de tudo, um livro aberto. É um retrocesso em termos democráticos. Prevalece a liberdade de expressão”, disse o ministro Marco Aurélio Mello.
Pelo menos três outros ministros do STF também criticaram reservadamente a decisão de Moraes, por avaliarem que ela contraria decisões recentes do tribunal sobre a liberdade de imprensa.
O entendimento é de que um eventual recurso levado ao plenário pode derrubar a decisão, informa o jornalista Fausto Macedo.
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