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Moro diz que Justiça Eleitoral não deveria julgar crimes de corrupção


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu nesta quarta-feira que a Justiça Eleitoral não está "bem estruturada" para julgar crimes complexos e disse esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que crimes comuns ligados a práticas eleitorais sejam enviados à Justiça Federal.

"Existe uma questão a ser decidida sobre a separação ou não do julgamento de crimes eleitorais e crimes de corrupção. O Supremo vai decidir e a posição do ministério já foi externada publicamente.


A gente acredita que a Justiça Eleitoral, embora tenha excelentes condições, faz um trabalho excelente na organização das eleições, em resolução pontuais de questões eleitorais, ela não está bem estruturada para julgar crimes mais complexos, como lavagem de dinheiro e crimes de corrupção", afirmou o ministro, depois de participar de um evento com policiais militares em Brasília.


O Supremo vai começar a debater o caso na tarde desta quarta-feira. Integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato têm apontado que um resultado diferente disso pode trazer impactos nas investigações, pois as penas impostas pela Justiça Eleitoral costumam ser mais brandas.


"O ideal é que haja uma separação. Mas a gente espera respeitosamente que o Supremo tome uma decisão", afirmou. Moro disse ainda que o governo deve apresentar, "em breve", uma medida provisória ao Congresso para melhorar a gestão de bens apreendidos do tráfico.


Segundo o ministro, a ideia é fortalecer a atuação da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad). Caso Marielle Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que foi morta há quase um ano no Rio de Janeiro, Moro voltou a afirmar que espera que o crime seja "elucidado por completo".


Segundo ele, hoje as investigações estão principalmente nas mãos da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro, mas a Polícia Federal também está atuando no caso. Nesta terça-feira, dois suspeitos de serem os executores do crime foram presos.


Não se tem ideia, porém, de quem mandou matar a vereadora. "Ontem [terça-feira] foi um passo importante para as apurações, mas o fato precisa ser elucidado por completo, para que os responsáveis sejam levados à Justiça.


A Polícia Federal abriu um trabalho sobre uma obstrução dessa investigação no ano passado e essa investigação da Polícia Federal tem gerado bons resultados e bastante contribuído para esse evento", afirmou.


 


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