Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (6), a futura ministra Damares Alves comentou algumas das linhas de atuação que seu ministério adotará, dentre elas o aborto.
– Eu sou contra o aborto. Eu acho que nenhuma mulher quer abortar. As mulheres chegam até o aborto porque, possivelmente, não foi lhe dada outra opção. A mulher que aborta acreditando estar desgravidando não está “desgravidando”. O aborto não ‘desgravida’ nenhuma mulher. A mulher caminha o resto da vida com o aborto – afirmou Damares.
Ela também defendeu que a pasta vai atuar na proteção da vida.
– Esta pasta não vai lidar com o tema aborto. Esta pasta vai lidar com a proteção de vidas, e não com a morte. Que fique bem claro isso – disse a futura ministra.
Outros temas polêmicos foram abordados na coletiva. Sobre a comunidade LGBT, por exemplo, a pastora definiu como uma agenda “muito delicada”.
– Tenho entendido que dá para a gente ter um governo de paz entre o movimento conservador, movimento LGBT e os demais movimentos. É para isso que a gente se propõe – declarou a advogada.
Já sobre a transferência da Funai para o ministério sob seu comando, Damares foi taxativa.
– Funai não é problema, índio não é problema. Funai não é problema neste governo. O presidente só estava esperando o melhor lugar para colocar a Funai. Esta nação é linda, bela e plural. Este governo vem para atender esta nação linda, bela e plural – defendeu a ministra, que tem longo histórico de ativismo pela causa indígena.
NOMEAÇÃO
Na tarde desta quinta-feira, o ministro extraordinário de transição Onyx Lorenzoni anunciou Damares Alves como chefe da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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