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"O vulcão entrou em erupção", diz Dirceu antes de ser preso


Ex-ministro José Dirceu durante lançamento de seu livro autobiográfico "Zé Dirceu-Memórias Volume 1", no SINTRACON (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil), em Curitiba (PR), no dia 10/12/2018 Foto: GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO / Estadão Conteúdo

A mensagem, gravada poucas horas antes de Dirceu embarcar rumo a Curitiba, onde vai se apresentar à Justiça para cumprir pena de 8 anos e 10 meses em sua segunda condenação na Lava Jato, foi interpretada como uma referência às manifestações em defesa da educação e contra o governo Jair Bolsonaro que levaram centenas de milhares der pessoas às ruas na quarta-feira, 15. "O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção.



Como eu disse no Tuca, um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção" , diz Dirceu. Com a voz rouca e tentando demonstrar otimismo, Dirceu classifica a prisão como mais uma "trincheira de luta" e diz ter esperança quanto a uma decisão favorável nos tribunais superiores.


"Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta. Vamos ver assim. Tem uma série de recursos jurídicos a curto prazo, uma série de decisões a serem tomadas no Supremo, no STJ. Vamos ver se conseguimos Justiça no curto prazo. Eu me preparei para isso. Vamos retomar o segundo volume (das memórias), vou ler mais, manter a saúde, manter o contato. Fiquem aí na trincheira de vocês que é nossa" , diz o ex-ministro.


Dirceu teria até as 16h desta sexta para se entregar na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o expresidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso. Ele optou por ir de carro de Brasília, onde mora, até a capital do Paraná. Auxiliares calculam que ele deve atrasar alguns minutos.




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