Em 2000, a morte de Paulinho Pavesi, então com 10 anos, sacudiu o Brasil
O menino feriu a cabeça e foi levado ao hospital, onde alguns dos órgãos teriam sido retirados dele ainda vivo para transplantes ilegais.
Após quase 19 anos da morte da criança, o pai Paulo Pavesi, que não conseguiu justiça, anunciou greve de fome.
Na sala de cirurgia, sete médicos estavam com a criança, que tinha caído enquanto brincava com amigos.
O empenho de Paulo Pavesi em provar o assassinato do filho ganhou repercussão internacional.
Em 2014, três dos sete médicos foram condenados por remoção ilegal de órgãos em paciente ainda vivo, mas, em 2016, as condenações foram anuladas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
O pai da criança pediu asilo à Itália em 2008, alegando ter recebido ameaças dos envolvidos na morte de Paulinho, e desde então vive na Europa, agora em Londres.
Ele abriu um canal no YouTube, que se chama Conexão Pavesi, e lá detalha o desenvolver do Caso Pavesi.
Na madrugada de hoje, 14 de fevereiro, ele fez uma live no canal, intitulada “O fim do caso Paulinho Pavesi”, anunciando greve de fome.
“Sete pessoas se juntaram para matar uma criança de 10 anos de idade. Uma criança que foi sedada, uma criança que não teve o direito de se defender.
Eles tiraram os órgãos dessa criança viva, que é o meu filho, e venderam esses órgãos”, disse o pai durante a live.
Além do mais, Paulo Pavesi se disse indisposto para continuar em busca de justiça e sem esperanças de presenciar uma mudança no caso.
No fim da gravação, que mobilizou milhares de pessoas, o pai do menino que morreu em 19 de abril de 2000, anunciou início de greve de fome, por “não ter mais o que fazer”.
O vídeo de mais de 42 minutos no YouTube mobilizou pessoas no Twitter, onde o assunto está sendo discutido intensamente com a hashtag #SomosTodosPavesi ocupando uma das primeiras posições dos temas mais populares de hoje no Brasil com mais de 26 mil tweets, até o momento em que esta matéria estava sendo publicada.
Apoiador de Bolsonaro, Paulo Pavesi pede intervenção federal antes que o caso prescreva, o que já está para acontecer.
Vídeo:
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