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PMs encerram motim no Ceará após 13 dias de paralisação e Moro posta comentário nas redes sociais

O Ministro Sérgio Moro se manifesta aliviado nas redes sociais pelo fim do motim da Polícia Militar do Cerará.


Depois de 13 dias de paralisação, policiais militares do Ceará decidiram encerrar o motim e voltar aos trabalhos nesta segunda-feira (2).


A categoria aceitou a proposta feita nesse domingo (1º) por uma comissão especial formada por membros dos três poderes no estado e representantes dos policiais.


O acordo não prevê anistia, mas os processos disciplinares contra o PMs que participaram da greve terão o acompanhamento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e do Ministério Público.


- Os policiais terão apoio de instituições que não pertencem ao Governo do Estado, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública, Ministério Público e Exército;


- Os policiais terão direito a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório, e acompanhamento das instituições mencionadas anteriormente;


- O governo do Ceará não vai realizar transferências de policiais para trabalhar no interior do estado em um prazo de 60 dias contados a partir do fim do motim;


- Revisão de todos os processos adotados contra policiais militares durante a paralisação (entenda os processos abaixo);


- Garantia de investimento de R$ 495 milhões com o salário de policiais até 2022;


- Desocupação de todos os batalhões onde havia policiais amotinados até 23h59 desse domingo;


- Retorno aos postos de trabalho às 8h de segunda-feira.


- O governo do Ceará não vai transferir policiais que tenham relação com o movimento para o interior do estado em um prazo de 180 dias, contados a partir do fim do motim.


Presença do Exército


O Ceará registrou mais de 200 assassinatos nos últimos 25 dias, um aumento de mais de 130% em relação ao mesmo período do ano passado.


Tropas do Exército devem continuar no estado até a próxima sexta (6), quando acabará a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no estado. A autorização foi dada pelo governo federal devido à situação de violência e insegurança no Ceará.


Ainda pelo acordo, a Assembleia Legislativa vai estudar a distribuição dos R$ 495 milhões previstos para a reestruturação da carreira dos PMs.


Os deputados estaduais poderão rever a partilha desse recurso entre os diversos níveis da carreira.


O projeto que está na Assembleia aumenta a remuneração de um soldado da Polícia Militar do Ceará dos atuais R$ 3,4 mil para R$ 4,5 mil, em aumento progressivo até 2022.


O governo do estado se comprometeu a rever as punições impostas a quase 300 policiais durante o motim.


São PMs que foram afastados do cargo por insubordinação e abandono de posto, presos em flagrante, por incêndio a veículo particular e motim e por deserção.


Um dos líderes do movimento, o ex-deputado federal Cabo Sabino foi contra o término da paralisação: “A maioria decidiu, mas vocês acabaram de assinar a minha demissão [da Polícia Militar]. Eu não tenho dúvida”, afirmou diante dos colegas no 18º Batalhão em Fortaleza.

 


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