O ministro Gilmar Mendes, do STF, rejeitou a suspensão de decisão que proibiu a realização de entrevista, pela revista “Veja“, com Adélio Bispo dos Santos, que esfaqueou o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Em 6 de setembro deste ano, em ato de campanha no interior de Minas Gerais, o então candidato ao cargo de presidente do país sofreu atentado à faca desferido por Adélio, preso em flagrante no mesmo dia e autuado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
Na ação, a editora Abril questiona a suspensão de entrevista jornalística que seria efetuada com o custodiado em 28 de setembro de 2018, no Presídio Federal de Campo Grande (MS).
Ao rejeitar a ação, Gilmar Mendes destacou que a relação entre a liberdade de expressão e de comunicação e outros valores constitucionalmente protegidos pode gerar situações conflituosas, “a chamada colisão de direitos fundamentais”.
No processo de concretização da liberdade de imprensa, esclareceu, o Judiciário tem o papel de interpretar a aplicação de princípios constitucionais eventualmente conflitantes.
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