O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se reuniu com 30 parlamentares da bancada evangélica no Congresso Nacional no último dia 12, quarta-feira, após a divulgação ilegal de mensagens trocadas por ele e o procurador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol.
Aparentemente, o encontro deve como objetivo principal declarar apoio ao ex-juiz da Lava Jato, que se encontra no meio de ataques promovidos por hakers e jornalistas opositores do governo atual.
A reunião com os integrantes da Frente Parlamentar Evangélica durou cerca de 40 minutos, onde também foi realizada uma oração com a participação de Sérgio Moro.
Na ocasião, o ministro comentou o caso das mensagens, dizendo que não houve qualquer ilegalidade da sua parte ou dos integrantes da Lava Jato nesse aspecto. “Ele nos disse que foi um vazamento criminoso, que não pode confirmar nada até porque não sabe o conteúdo total”, disse o deputado e pastor Marco Feliciano (Podemos-SP).
A oração no final da reunião foi conduzida deputado Silas Câmara (PRB-AM), que também é pastor, com a autorização do próprio Sérgio Moro. “Então, nós nos colocamos em oração por ele”, relatou o parlamentar.
Entrevista com Sérgio Moro
Esta semana Sérgio Moro concedeu uma entrevista ao Estadão para comentar sobre a divulgação criminosa de mensagens trocadas entre ele e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol. "Fui vítima de um ataque criminoso de hackers. Clonaram meu telefone, tentaram obter dados do meu aparelho celular, de aplicativos", disse ele.
Nas redes sociais, o ministro disse que não pedirá desculpas por ter cumprido o seu dever contra o crime organizado e reafirmou estar seguro com relação ao conteúdo das mensagens. "Estou absolutamente tranquilo em relação à natureza das minhas comunicações. No fundo, esse processo da Lava Jato é um processo muito complicado. É uma dinâmica dentro da 13.ª Vara Federal (em Curitiba), o dia inteiro proferindo decisão urgente", disse ele.
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