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URGENTE RETALIAÇÃO: USP cancela matrículas de alunos de colégio militar e Exército reage


Uma decisão da Universidade de São Paulo de cancelar matrículas de estudantes de colégios militares aprovados no vestibular por meio do Sisu, mobilizou, na tarde desta sexta-feira, 15, o Comando do Exército e o Ministério da Educação.


A corporação identificou na medida da universidade uma retaliação ao governo Jair Bolsonaro.


A Pró-Reitoria de Graduação da universidade alegou que as 12 escolas mantidas pelo Exército não se enquadrariam no sistema de cotas por serem mantidas por contribuições e quotas mensais pagas por pais de alunos.


Numa reunião fechada no campus que se estendeu ao longo da tarde desta sexta, um representante do Comando do Sudeste, sediado em São Paulo, tentou convencer dirigentes da universidade a reverter a decisão, que afeta mais de 20 alunos, nas contas do Exército, ou dez, na estimativa da USP.


 

Comando Militar vê retaliação a governo Bolsonaro na decisão


 

Ele saiu de lá apenas com a promessa de que o caso seria analisado, sem previsão de prazo, relataram ao Estado militares envolvidos na questão. O ato foi interpretado pela corporação como um “ataque político” para atingir o governo Jair Bolsonaro.


O governador de São Paulo, João Doria, foi acionado pelo Comando Militar do Sudeste, pois a universidade é mantida pelo Estado. Ao mesmo tempo, os militares telefonaram para Brasília. Uma operação foi deflagrada à noite na capital federal pelos militares.


O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi acionado e entrou para interferir a favor dos alunos Ainda durante a reunião de ontem ocorrida no campus, o representante do Exército lembrou que, em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que os colégios militares são escolas do ensino oficial. 


Os militares afirmam que se trata de uma atitude inédita no país, pois o Exército nunca encontrou barreira semelhante por parte de outras instituições.

O Comando Militar do Sudeste procurou, ainda ontem, o Ministério Público Federal com um documento de cerca de 80 páginas, incluindo a decisão do Supremo, para pedir que o órgão ingresse com recurso contra a universidade.


*Com informações do Estadão*

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