A Polícia Federal deflagrou a Operação Badour nessa segunda-feira, 26, prendendo quatro pessoas por suspeita de fraude previdenciária, além de cumprir seis mandados de busca e apreensão.
A vereadora da cidade de Santo André, Elian Santana é uma das detidas, acusada de ser a líder de uma organização que cobrava milhares de reais para fraudar a contagem de tempo e permitir que pessoas se aposentassem mais cedo.
A vereadora Santana notabilizou-se pela defesa de pautas da direita conservadora, especialmente o infame projeto intitulado Escola Sem Partido, que ela defendeu na Câmara Municipal de Santo André em 2017.
A mobilização popular impediu que esse projeto avançasse, impondo seu arquivamento por causa de sua inconstitucionalidade.
Além da vereadora, foram presos a chefe de seu gabinete, um servidor do INSS e um procurador dos beneficiários do INSS.
Segundo os investigadores, o esquema consistia em apresentar documentos falsos de insalubridade e periculosidade para obter aposentadorias por tempo de serviço ainda que o tempo mínimo não tivesse sido alcançado.
Além de cobrar pelo menos R$10 mil por fraude realizada, os investigadores afirmam que o esquema gerava ganhos político-eleitorais para Santana, que aparecia como principal responsável pela obtenção das aposentadorias aos clientes, garantindo para a parlamentar uma base política fiel e agradecida.
Estimativas iniciais apontam que pelo menos R$170 milhões forma desviados pelo esquema.
Situações como essa são excelentes para mostrar como os defensores da moral e bons costumes dessa direita reacionária estão apenas interessados em encher seus bolsos com o dinheiro público.
Para isso, projetos como o Escola Sem Partido são fundamentais para perseguir qualquer pensamento crítico, qualquer oposição, qualquer pessoa que ouse denunciar seus esquemas corruptos.
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