Dias Toffoli anunciou agora há pouco a abertura de um inquérito para investigar “denunciações caluniosas, ameaças e infrações” contra ministros, que envolvam também atos de difamação ou injúria, por exemplo. Disse que, como presidente do STF, cabe a ele zelar pela “honorabilidade e segurança” dos colegas, bem como de seus familiares.
O MBL protestou nas redes sociais: “Toffoli determinou abertura de inquérito para apurar supostas fake news contra o STF. A maior fake news é o poder do STF em reescrever a Constituição”. De fato, questiona-se onde há previsão para tal ato em nossas leis. O Supremo, que deveria ser o guardião da Carta Magna, cada vez mais banca o legislador. E em causa própria!
O deputado Paulo Eduardo Martins desabafou: “Toffoli anuncia abertura de inquérito para investigar “calúnias” contra ministros do STF. Preparem-se. A ditadura da toga está escancarada”.
Em outra mensagem, ele intensificou o tom da crítica: “Uma Suprema Corte exista para pacificar a sociedade a respeito da interpretação da Constituição, que é o pacto social do país. No Brasil é o contrário. O STF de hoje é o responsável pela desestabilização social. A corte é o núcleo do caos”.
Leandro Ruschel também atacou a decisão do presidente do Supremo: “Está oficialmente inaugurada a ditadura do judiciário. STF não está satisfeito em promover a impunidade. Quer agora perseguir quem critica”. Flávio Gordon foi outro que saiu em defesa da liberdade de expressão: “Isso é inadmissível. Uma clara atitude de intimidação e interferência no Legislativo. O STF assumiu de vez a sua natureza mafiosa”.
André Guedes desferiu ataque direto: “Os homens mais poderosos do país são os togados, acima do presidente Jair Bolsonaro. Estamos em modo bolivariano há bastante tempo. Derrubam decisões do congresso, derrubam os inimigos políticos, derrubam a vontade popular. Algo precisa ser feito”.
Coincidência ou não, o jurista Modesto Carvalhosa protocolou hoje mesmo novo pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes. Carvalhosa se reuniu no gabinete do senador Lasier Martins com Álvaro Dias, Oriovisto, Girão, Major Olímpio, Alessandro Vieira, Randolfe Rodrigues, os deputados Adriana Ventura, Luis Flavio Gomes, Rosana Vale, além da líder do Vem Pra Rua e muitos outros. Trata-se de um movimento amplo em nome da sociedade, que não aguenta mais tanto descaso e abuso de poder por parte dos ministros do STF.
Isso tudo num momento em que está sendo debatido no STF questão que pode acabar por enterrar a Operação Lava Jato. O Supremo está esticando a corda. Até quando será que aguenta? Coloca em risco, assim, uma das principais instituições republicanas que existem. São tempos sombrios…
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