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Adauto Ribeiro

Por que os cientistas plantam girassóis após desastres nucleares?

O desastre na usina nuclear de Fukushima, no Japão, é um dos mais recentes acidentes nucleares, com uma contaminação radioativa que ainda deve durar muitas décadas.


São cerca de 1 milhão de toneladas de águas residuais radioativas e resíduos sólidos atualmente.


Mas para surpresa de muita gente, entre todas as as soluções de alta tecnologia, há um programa de limpeza bem simples que pouca gente ficou sabendo: girassóis.


Sim, segundo os cientistas o girassol é fantástico para limpar resíduos radioativos do meio ambiente!

"Os girassóis são realmente bons em absorver certos isótopos radioativos. Algumas das consequências do acidente de Chernobyl, resolvemos por meio do plantio de girassóis nas áreas afetadas", explicou o cientista Michael Blaylock em uma entrevista ainda em 2011.

Os girassóis têm algumas propriedades que os tornam ideais para o trabalho de limpeza nuclear:

  • Crescem com muita rapidez e facilidade em praticamente qualquer lugar;

  • Armazenam a maior parte de sua biomassa nas folhas e caules, assim o material radioativo absorvido pelas plantas pode ser descartado sem a necessidade de desenterrar suas raízes.

Essa técnica de usar plantas para limpeza de ambientes contaminados é chamada de fitorremediação.


Os isótopos são parecidos com os nutrientes que o girassol absorveria naturalmente: o césio se parece com o potássio, que as plantas precisam para a fotossíntese, e o estrôncio se passa pelo cálcio, que fornece suporte estrutural.


Infelizmente, alguns elementos radioativos demoram a se fixar no solo, o que pode fazer com que essa fitorremediação em acidentes muito recentes como em Fukushima, não seja muito eficiente.


Mesmo assim a técnica é muito promissora e mostra a capacidade das plantas em recuperar o meio ambiente.


 

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